De tanto ouvir as pessoas se vangloriando por terem matado uma ou outra cobra, crentes que estão ajudando o planeta ou as pessoas como um todo. Na cabeça de muitos essa criatura do "demonio" precisa ser extinta de nosso meio, afinal, nada de bom traz para a pessoas. Como a Biblia ate deu um forcinha (afinal, quando o diabo tentou Adão, em que forma animal ele de transformou? na cobra! Logo, por extenção de raciocinio, matar a cobra é destruir o demonio, no subconciente de varias pessoas.), comete-se verdadeiras atrocidade contras esses animais.
No imaginario popular, essas criaturas sao maudosas e perigosissima. Mas, para tentar desmistificar um pouco, precisamos responder algumas perguntas.
- As cobras tem maos e pes para perceguir seu alimento? Nao. So o consegue se paralisar a presa com seu veneno. Logo, gastar veneno com quem não vai ser comido é perda de tempo;
- Quantas cobras são venenossas? E destas, quais conseguem realmente ejetar seu veneno.
OS OFIDIOS
v As serpentes pertencem a subordem Ofídia, ordem Squamata e Classe Reptilia.
v Habitam todas as regiões da Terra, como nos mares, terra e rios, sendo mais encontradas em climas quentes, mas aparecem em climas temperados ou frios.
v As serpentes podem ser ovíparas (põem ovos), e ovovivíparas (os filhotes se desenvolvem quase que inteiramente dentro do oviduto, ainda no próprio ventre materno), esse processo demora mais ou menos três meses ou mais para incubar até o nascimento dos filhotes.
v Em relação aos dentes, classificamos as serpentes como:
ü Áglifa: Apresentam dentes maciços, sem canal central ou sulco, não dispondo de presas inoculadoras de veneno. Como exemplo temos a Família Boidae (sucuris, jibóia), e algumas da Família Colubridae (dormideira).
ü Opistóglifa: Apresentam um ou mais pares de dentes posteriores, contendo um sulco por onde escorre o veneno. Como as presas são posteriores, os acidentes são mais difíceis de ocorrer. Ex. Família Colubridae (falsa coral).
ü Solenóglifas: Apresentam presa anterior e caniculada, como se fosse uma agulha de seringa. Família Crotalus(cascavel), Bothrops(jararaca) e Lachesis(surucucu).
ü Proteróglifas: Apresentam os dentes com um sulco muito profundo ao longo do seu comprimento, chegando a formar uma espécie de canal central por onde passa o veneno.
v A importância ecológica das serpentes é a de fazer o controle de roedores por exemplo, que se exterminássemos todas as serpentes, haveria um super crescimento da população de roedores.
CAIÇACA (Bothrops moojeni) Características – serpente venenosa. É, junto com a jararaca, a maior responsável pelos acidentes ofídicos no Brasil. Chega a medir 1,60 m de comprimento e é muito rápida no ataque. Seu veneno possui ação hemolítica e proteolítica, ou seja, destrói as fibras musculares e os tecidos.
Habitat – cerrado
Ocorrência – da Costa Rica até o sul do Estado de São Paulo.
Hábitos – crepuscular e noturno. É muito agressiva deferindo seus botes diferentemete de outras serpentes, pois ela desfere seus botes no sentido vertical , atingindo assim partes mais altas de suas vítimas.
Habitat – cerrado
Ocorrência – da Costa Rica até o sul do Estado de São Paulo.
Hábitos – crepuscular e noturno. É muito agressiva deferindo seus botes diferentemete de outras serpentes, pois ela desfere seus botes no sentido vertical , atingindo assim partes mais altas de suas vítimas.
CANINANA (Spilotes pullatus)
Habitat – cerrado e Mata Atlântica
Ocorrência – Américas Central e do Sul
Hábitos – diurno. Arborícola. Vive próximo de lagos e rios em meio as árvores e arbustos. Pode também ser encontrada nadando ou rastejando pelo chão, onde caça. É ágil tanto no chão quanto nos galhos das árvores.
Alimentação – ovos, aves, roedores e até pequenos lagartos.
Reprodução – ovípara, coloca entre 15 e 18 ovos com o nascimento previsto para início da estação chuvosa.
Ameaças – destruição do habitat.
CASCAVEL (Crotalus durissus)
Habitat – campos abertos de cerrados, caatinga, pastagens, matas secundárias, áreas pedregosas e secas.
Ocorrência – Américas Central e do Sul.
Hábitos – crepuscular e noturno. T errícolas. São perigosas, mas não agressivas, fugindo rapidamente quando avistadas. Diferente de seus parentes da América do Norte, que possuem em seus venenos propriedades proteolítica (necrosante), a nossa Cascavel possui veneno neurotóxico (que atua no sistema nervoso), fazendo com que a vítima tenha dificuldades de locomoção e respiração. Evita baixios, alagados, selvas úmidas ou lugares frios, preferindo os quentes e secos.
COBRA CIPÓ (Philodryas olfersii)
Habitat – cerrado e florestas tropicais.
Ocorrência – Argentina, Brasil, Colômbia, Guiana Francesa, Paraguai, Peru e Uruguai. No Brasil ocorre na região sul, sudeste e centro-oeste.
Hábitos – arborícola, diurno. Passa a maior parte do tempo nas árvores e arbustos, mas pode ser encontrada no chão. É aparentemente agressiva, abrindo amplamente a sua boca quando intimidada. Normalmente foge rapidamente pela vegetação quando perturbada. Muitas pessoas acham que esta espécie é inofensiva. Esta espécie possui o veneno 4 vezes mais tóxico que o da jararaca. Mas, por possuir dentição opistóglifa (o dente de veneno fica situado no fundo da boca) não é considerada venenosa. As serpentes desse
tipo de dentição (Opistoglifodonte) como raramente injetam o veneno são consideradas não-peçonhentas. São muito ágeis, tanto sobre a terra como nas árvores. Muito tímida. Alimentação – pequenos insetos, pequenos roedores, anfíbios e lagartos.
Reprodução – ovípara, coloca entre 15 e 18 ovos com o nascimento no início da estação chuvosa.
Ameaças – destruição do habitat.
Reprodução – ovípara, coloca entre 15 e 18 ovos com o nascimento no início da estação chuvosa.
Ameaças – destruição do habitat.
COBRA CIPÓ MARROM (Chironius quadricarinatus) Características – a lguns exemplares ultrapassam os 1,30 m.
Habitat – florestas úmidas e cerrados.
Ocorrência – região sul, sudeste e central do Brasil
Hábitos – diurnos, arborícolas. São serpentes muito rápidas e escalam com muita facilidade.
Alimentação – pequenos lagartos, anfíbios e roedores.
Reprodução –
Predadores naturais –
Ameaças – tráfico de animais, destruição do habitat
Habitat – florestas úmidas e cerrados.
Ocorrência – região sul, sudeste e central do Brasil
Hábitos – diurnos, arborícolas. São serpentes muito rápidas e escalam com muita facilidade.
Alimentação – pequenos lagartos, anfíbios e roedores.
Reprodução –
Predadores naturais –
Ameaças – tráfico de animais, destruição do habitat
COBRA D'ÁGUA (Liophis miliaris)
Habitat – cerrado e Mata Atlântica
Ocorrência – América do Sul
Hábitos – diurno. Espécie muito dócil e geralmente foge assim que perturbada. É uma excelente nadadora. Caça em lagoas e pequenos rios, geralmente pela manhã. Vive próxima a cursos d'água.
Alimentação – pequenos anfíbios e peixes.
Reprodução – ovípara, coloca entre 15 e 18 ovos com o nascimento no início da estação chuvosa.
Ameaças – destruição do habitat
COBRA PAPAGAIO (Corallus caninus)
Habitat – florestas tropicais
Ocorrência – região norte da América do Sul, Amazônia.
Hábitos – noturno. Arborícola passando a maior parte do tempo enrolada em galhos com a cabeça apoiada no centro das voltas do corpo. Camufla-se perfeitamente com a mata.
Alimentação – aves, roedores e morcegos Reprodução – vivípara. Os filhotes nascem vermelhos ou alaranjados.
Ameaças – destruição do habitat.
Ameaças – destruição do habitat.
COBRA PAPA PINTO (Drymarchon corais)
Habitat – florestas e cerrado
Ocorrência – Américas do Norte, Central e do Sul
Hábitos – diurno. S ão inofensivas e medrosas. Caça durante o dia, geralmente em brejos, utilizando a língua (quimiorrecepção) e a visão para localizar a presa. Quando irritada, infla a parte do corpo perto da cabeça para dar a impressão de ser maior, com intenção de intimidar o predador.
Alimentação – pássaros, ovos e outras cobras.
Reprodução – ovípara, coloca entre 16 e 20 ovos com o nascimento no início da estação chuvosa.
Ameaças – destruição do habitat.
JARARACA (Bothrops jararaca)
Hábitos – noturnos.
Alimentação – quando jovens se alimentam de pequenos anfíbios e lagartos. Quando adultas se alimentam, principalmente, de pequenos roedores.
Reprodução – vivípara (dá a luz a filhotes ao invés de colocar ovos) com o nascimento ocorrendo normalmente no início da estação chuvosa.
Ameaças - morte irresponsável pelos homens do campo, tráfico de veneno.
CORAL (Micrurus corallinus)
Ocorrência – Brasil, do sul da Bahia até Santa Catarina.
Hábitos – diurno. Quando irritadas escondem a cabeça entre os anéis do corpo e levantam a cauda. Possuem hábitos subterrâneos, vivendo a maior parte do tempo sob a terra, ou escondidas entre as folhas no solo, no interior de troncos em decomposição ou nos vãos das pedras. Não dão bote nem conseguem escalar árvores. Em geral, atacam somente quando são manipuladas ou pisadas. Quando isso acontece, seus dentes pequenos e fixos mordem, e não picam, sua vítima, deixando no local apenas uma pequena perfuração.
Alimentação – lagartos ápodos (sem membros), e outras cobras (menos a cascavel).
Reprodução – época reprodutiva no final do ano. O vípara, coloca entre 15 e 18 ovos com o nascimento no início da estação chuvosa.
Ameaças – caça indiscriminada e destruição do habitat.
Precauções - acidentes podem ser evitados quando observados alguns cuidados, como usar calças compridas e botas para caminhar no mato, luvas e proteção de couro para os braços quando se trabalha com colheita manual. Deve-se utilizar sempre um pedaço de pau para remexer palhadas ou vasculhar buracos, ocos de tronco, vãos de pedras, cupinzeiros etc. E jamais manipular uma cobra-coral (viva ou morta), mesmo quando se imagina tratar-se da falsa.
Reprodução – época reprodutiva no final do ano. O vípara, coloca entre 15 e 18 ovos com o nascimento no início da estação chuvosa.
Ameaças – caça indiscriminada e destruição do habitat.
Precauções - acidentes podem ser evitados quando observados alguns cuidados, como usar calças compridas e botas para caminhar no mato, luvas e proteção de couro para os braços quando se trabalha com colheita manual. Deve-se utilizar sempre um pedaço de pau para remexer palhadas ou vasculhar buracos, ocos de tronco, vãos de pedras, cupinzeiros etc. E jamais manipular uma cobra-coral (viva ou morta), mesmo quando se imagina tratar-se da falsa.
FALSA CORAL (Erythrolamprus aesculapii)
Habitat – Mata Atlântica. Pode ser encontrada em áreas urbanas.
Ocorrência – s udeste do Brasil
Hábitos – noturno
Alimentação – cobras
Reprodução – ovípara
Ameaças – destruição do habitat
JARARACUÇU (Bothrops jararacussu)
Habitat – Mata Atlântica, preferindo as baixadas.
Ocorrência – América do Sul
Hábitos – noturno. Localizar uma Jararacuçu no meio da floresta não é fácil. Como passa o dia enrodilhada se aquecendo, se mistura muito bem com o ambiente e mesmo para olhos treinados, quase que sempre, passa despercebida. É muito brava e perigosa. Vive quase sempre à sombra.
Alimentação – quando adulta alimenta-se de pequenos roedores, e quando jovem alimenta-se de pequenos lagartos e anfíbios.
Reprodução – vivípara, nascendo entre 16 e 20 filhotes no início da estação chuvosa.
Ameaças - morte irresponsável pelos homens do campo, destruição do habitat e tráfico de veneno
JARARAQUINHA DORMIDEIRA (Sibynomorphus mikanii)
Habitat – cerrado
Ocorrência – América do Sul
Hábitos – noturnos. É muito comum encontrá-las em hortas, lugar frequentado pelas lesmas do qual se alimenta.
Alimentação – lesmas
Reprodução – ovípara, coloca entre 05 e 10 ovos com o nascimento previsto para início da estação chuvosa.
Ameaças – morte irresponsável pelos homens do campo e destruição do habitat.
Características – pode atingir 4,5 m de comprimento. É a segunda maior serpente das Américas. Possui um belo padrão de colorido muito variado com ocelos dorsais escuros contrastando com cores claras como o cinza ou o amarelado. Apesar de ter a cabeça triangular, não é peçonhenta. Habitat – matas, cerrados e caatingas Ocorrência – do México ao norte da Argentina Hábitos – é de índole pacífica, não é venenosa e nunca ataca o homem. Ao contrário, foge muito lentamente à sua aproximação. Pode também tentar assustar o inimigo silvando alto. Apanha as suas vítimas ficando à espreita oi surpreendendo-as silenciosamente. Enrosca-se em torno delas e contrai o corpo até que a vítima não consiga respirar e morra sufocada. Engole a vítima tragando a cabeça primeiro e a digere devagar, caindo num torpor que dura às vezes diversas semanas. Despende pouca energia e pode ficar muito tempo sem comer. Passa a maior parte do tempo nas árvores. Gostam de ambientes mais abertos como o cerrado e a caatinga, nas florestas são sempre encontradas nas bordas das matas, capoeiras, ou clareiras, vive tanto no chão da floresta como no alto das árvores.
Alimentação – carnívoro (aves, mamíferos pequenos e lagartos grandes). Reprodução – vivípara. Produz de 8 a 49 filhotes por ninhada, após gestação de 127 a 249 dias. Ameaças – caçada por servir como animal de estimação e por causa do temor do homem do campo que lhe acusa a morte de vários animais domésticos.
MUÇURANA (Pseudoboa clelia)
Habitat – matas de vegetação rasteira, fechada.
Ocorrência – Américas Central e do Sul, da Guatemala ao Brasil.
Hábitos – noturnos. É extremamente ágil.
Alimentação – jararacas. Na falta delas ou de outras cobras, satisfazem-se até com pequenos. Ataca outras cobras prendendo-as na boca com seus fortes dentes (de 10 a 15), varando-oas preferencialmente no terço anterior do corpo da vítima, enrosca-se rapidamente nela, matando-a por constrição. Em seguida, ingere totalmente sua presa.
Ameaças - morte irresponsável pelos homens do campo, destruição do habitat e tráfico de animais silvestres.
Características – atinge em torno de 2 a 3 m de comprimento. É menor que a sucuri verde.
Habitat – rios, lagos e matas próximas a rios
Ocorrência – região central da América do Sul
Hábitos – noturnos. É menos agressiva que a sucuri verde. Vivem boa parte do tempo na água e são excelentes nadadoras.
Alimentação – carnívoro (grandes mamíferos e aves).
Reprodução – produz de 5 a 19 filhotes por ninhada, após gestação de 225 a 270 dias
Ameaças - morte irresponsável pelos homens do campo e destruição do habitat.
Habitat – rios, lagos e matas próximas a rios
Ocorrência – região central da América do Sul
Hábitos – noturnos. É menos agressiva que a sucuri verde. Vivem boa parte do tempo na água e são excelentes nadadoras.
Alimentação – carnívoro (grandes mamíferos e aves).
Reprodução – produz de 5 a 19 filhotes por ninhada, após gestação de 225 a 270 dias
Ameaças - morte irresponsável pelos homens do campo e destruição do habitat.
SUCURI VERDE (Eunectes murinus)
Habitat – lagos, rios e pântanos.
Ocorrência – Venezuela, Guianas, Bolívia, Colômbia e Brasil (centro-oeste e Amazônia).
Hábitos – noturno ou crepuscular. Exímia nadadora e possui hábitos intimamente ligados à água.
Alimentação – peixes, rãs, capivaras, veados, jacarés, e qualquer animal desavisado que vai fazer uso da água na hora errada. Reprodução – vivípara. A incubação dura em torno de 180 dias, nascendo entre 10 e 20 filhotes no início da estação chuvosa.
Ameaças – sua diminuição populacional deve-se a caça predatória do homem, interessado no couro forte e grande que esta cobra possui e pela carne, além da destruição dos ecossistemas aquáticos e ultimamente, é muito traficada pelo interesse dos zôos do mundo inteiro.
Ameaças – sua diminuição populacional deve-se a caça predatória do homem, interessado no couro forte e grande que esta cobra possui e pela carne, além da destruição dos ecossistemas aquáticos e ultimamente, é muito traficada pelo interesse dos zôos do mundo inteiro.
SURUCUCU (Lachesis muta muta)
Habitat – florestas tropicais úmidas
Ocorrência – América Central e do Sul
Hábitos – caça à noite. Seu bote é muito potente, podendo ultrapassar 1/3 do comprimento do seu corpo. São muito agressivas.
Alimentação – principalmente roedores
Reprodução – ovípara. A incubação dura em torno de 76 a 79 dias.
Ameaças - morte irresponsável pelos homens do campo, destruição do habitat e tráfico de veneno.
SURUCUCU PICO DE JACA (Lachesis muta rhombeata)
Habitat – floresta atlântica e florestas preservadas e úmidas
Ocorrência – do Rio de Janeiro até o Ceará
Hábitos – não resiste ao desmatamento e a falta de umidade. Vive na mata densa, e úmida, em tocas de pedra ou em galerias de animais silvestres.
Alimentação – pequenos roedores
Reprodução – a única viperídea das Américas que coloca ovos até 16, com tempo de incubação de 2 meses.
Ameaças – ameaçada de extinção devido ao desmatamento, morte pelos caçadores e pessoas que transitam por áreas florestadas da mata atlântica.
Ameaças – ameaçada de extinção devido ao desmatamento, morte pelos caçadores e pessoas que transitam por áreas florestadas da mata atlântica.
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