A tempo que venho informando aonde posso do grande descaso que cometemos com nossos recursos hídricos.
Creio que a preocupação não é só minha. Porem não deixo passar a oportunidade para comentar sobre as consequências de nossos abusos. Lamentavelmente muitos são os que ouvem e poucos são os que fazem alguma coisa ou que mudam seu comportamento, fruto dessa nova informação.
Chagando ao povoado nos dirigimos a cinco pontos de extração de agua naquela localidade:
1. Fornece agua para o povoado Mariana;
2. Fornece agua para o povoado Rainha dos Anjos;
3. Fornece agua para o povoado Samambaia e adjacências;
4. Fornece agua para um particular (Um plantador de pimenta);
5. Poço desativado (sabe se lá por que!).
Ao checar cada ponto destes, conversávamos (Joamilton Viena e Eu) com os moradores sobre a região. Na fala de todos percebia se a frustação de saber que no passado aquele trecho já sustentou um riacho perene. Coisa que já não existe mais.
Indagados sobre o motivo de aquilo acontecer ele já apontam: “acho que é porque os “povo” tirou as matas daqui!”.
São pessoas humildes que, por sentirem na pele, já perceberam que a vegetação ciliar tem interferência na dinâmica das aguas. Será que precisaremos perder todos nossos recursos hídricos para entender essa verdade “cientifica”?
Engraçado é saber que, na mesma região, um fornecedor de pimenta do Grupo Maratá, vende toda sua produção para esse grupo a um preço de R$ 6 o quilo de pimenta. Será que no custeio desse produto (pimenta malagueta) o agricultor coloca em conta a imensa quantidade de agua necessária para o desenvolvimento das pimenteiras?
Será que ele sabe o que é água virtual?
Essas questões precisaram ser levadas em considerações, se quisermos usar esse recurso com responsabilidade.
Quem planta, sem agua?