terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Kepler 10-b. Um planeta parecido com a Terra

Exoplaneta é similar à Terra, mas com temperaturas que chegam a 1500 °C






Foto: NASA
Kepler 10-b: parecido com a Terra, porém quente demais para conter vida

Um telescópio da Nasa descobriu o menor planeta fora do Sistema Solar, e ele é rochoso como a Terra.
Apesar disso, é quente demais para conter qualquer tipo de vida:em um de seus lados, as temperaturas chegam a 1500 °C. A agência espacial americana o batizou de Kepler 10-b, como uma homenagem ao telescópio que o encontrou, o Kepler.


A cientista Natalie Batalha disse que o Kepler 10-b tem 1,4 vezes o tamanho da Terra e uma massa equivalente a 4,5 vezes a do nosso planeta. Astrônomos já haviam encontrado outros planetas com massas similares à da Terra, mas nenhum com um tamanho semelhante.

O motivo de suas altas temperaturas é sua localização em relação à estrela que orbita: o novo planeta está 20 vezes mais perto dela do que Mercúrio do Sol.

 A missao do telescópio Kepler é a descoberta dos exoplanetas similares a Terra



Esta imagem da missão Kepler mostra o campo de visão total do telescópio: uma área rica em estrelas nas constelações de Cygnus e Lira. O aglomerado estelar NGC 6791 e uma estrela com exoplaneta conhecido, a TrES-2, estão destacadas na imagem. O aglomerado tem 8 bilhões de anos de idade e dista 13.000 anos-luz da Terra. Ele é classificado como ‘aglomerado-aberto’ pois suas estrelas estão fracamente ligadas pela gravidade e começaram a se espalhar. TrES-2 é um planeta do tipo ‘Júpiter-quente’ que cruza em frente de sua estrela hospedeira (trânsito) a cada 2,5 dias. O telescópio orbital Kepler tem a capacidade de buscar por exoplanetas em trânsito com dimensões similares a da Terra.


O telescópio Kepler da NASA começou a caça de exoplanetas similares a Terra na Via Láctea. A missão foi lançada em 06 de março de 2009, a partir da base da NASA no Cabo Canaveral, EUA. O observatório espacial Kepler passará os próximos três anos e meio vasculhando em mais de 100.000 estrelas buscando por sinais que indicam a presença de exoplanetas. O telescópio orbital Kepler tem a capacidade singular de conseguir detectar exoplanetas tão pequenos quanto a Terra orbitando estrelas semelhantes ao Sol dentro da zona de habitação destas estrelas: distâncias onde as temperaturas são amenas o suficiente para a existência de lagos e oceanos.

“Agora é que começa a diversão,” disse William Borucki, principal cientista do projeto Kepler, do Centro de Pesquisa Ames, em Moffett Field, Califórnia, EUA. “Todos nós estamos ansiosos por começar a estudar os dados e a descobrir exoplanetas.”

Os cientistas e engenheiros passaram os meses de março, abril e maio de 2009 realizando tarefas para diagnosticar e a calibrar o telescópio Kepler. Recolheram-se dados com o objetivo de caracterizar a capacidade de obtenção de imagens, bem como o nível de ruído nas medições eletrônicas. Os cientistas construíram a lista de alvos para o começo da busca planetária, e esta informação foi enviada para o telescópio.

“O Kepler está pronto para observar repetidamente as mesmas estrelas durante vários anos para que possa medir com precisão as mais ligeiras mudanças nos seus brilhos provocados por exoplanetas.” O telescópio espacial Kepler irá tentar identificar exoplanetas ao captar diminuições periódicas no brilho das estrelas, eventos que ocorrem quando exoplanetas em órbita passam em frente de suas estrelas e bloqueiam parcialmente sua luz.

Onde está o Kepler agora?

Em 07 de julho a NASA reportou que o Kepler em 04 de julho já está a 12,5 milhões de quilômetros da Terra e após passar por um pequeno problema em seus sistemas no dia 02, tendo entrado em ‘modo de operação seguro’. A operação do Kepler voltou ao normal no dia 03, voltando a sua missão de coleta de informações científicas.
Fonte: NASA

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Quando a última árvore for cortada, quando o último rio for poluído, quando o último peixe for pescado, aí sim eles verão que dinheiro não se come…” Pensamento Indigenista.