Hereditariedade
A hereditariedade é a transmissão de características de pais
para filhos. Essas informações genéticas e fenotípicas transmitidas são
chamadas de hereditárias.
A fecundação garante a transmissão de características aos
descendentes
A fecundação garante a transmissão de características aos
descendentes
Denominamos de hereditariedade o fenômeno em que os genes e
as características dos pais são transmitidas aos seus descendentes. As
características genéticas e fenotípicas transmitidas dessa forma, por sua vez, são
chamadas de hereditárias.
Nos seres humanos, a transmissão de características
hereditárias é conseguida graças à fusão dos gametas. O gameta masculino, o
espermatozoide, e o gameta feminino, o ovócito secundário, contêm 23
cromossomos cada. Quando ocorre a fusão, os 23 cromossomos do pai juntam-se aos
23 cromossomos da mãe e passam a compor o conjunto cromossômico daquela nova
célula.
→ Conhecimento sobre hereditariedade
Apesar de hoje ser bem estabelecido como o material genético
é herdado, a hereditariedade não foi sempre compreendida de forma adequada. Por
muito tempo, não se entendia, por exemplo, por que algumas pessoas eram tão
parecidas com os pais e outras apresentavam diferenças tão acentuadas. Não se
sabia nem mesmo que existia material genético e que esse era transmitido.
Hipócrates, por volta de 410 a.C., propôs a ideia da
pangênese, a qual afirmava que o organismo produzia partículas de todas as
partes do organismo e que essas partículas eram transmitidas no momento da
reprodução. Essa ideia permaneceu bem aceita até o final do século XIX.
Aristóteles (384-322 a.C.) também possuía uma ideia sobre
hereditariedade. De acordo com ele, existia algum material no sêmen produzido
pelos pais que garantiam a transmissão de características. O termo sêmen, nesse
caso, era usado no sentido de gametas e não como a secreção eliminada no
momento da ejaculação.
Após Aristóteles, houve um grande período sem que essas
questões fossem levantas. Apenas depois do Renascimento, os estudos voltaram a
ser realizados com o objetivo de desvendar a hereditariedade, entretanto, pouco
progresso foi observado. Sendo assim, existem poucos trabalhos verdadeiramente
inovadores no período compreendido entre as ideias de Aristóteles e Gregor
Mendel (1822-1884).
→ Gregor Mendel
Gregor Mendel é considerado o pai da Genética por causa dos
resultados de seus estudos envolvendo ervilhas. Sua teoria foi proposta antes
mesmo de a estrutura e o funcionamento dos cromossomos serem conhecidas,
entretanto, Mendel compreendeu de maneira acertada os princípios básicos da
hereditariedade.
Mendel propôs duas leis:
Lei da segregação ou a primeira lei de Mendel: Mendel
admitiu que existem fatores para cada característica e que eles segregam-se na
formação dos gametas, nos quais ocorrem em dose simples. Os fatores que Mendel
descreve em seus resultados seriam, na realidade, os genes, dos quais se têm
conhecimento atualmente.
Lei da segregação independente ou segunda lei de Mendel:
Mendel admitiu ainda que os fatores para duas ou mais características
distribuem-se de forma independente para os gametas e combinam-se ao acaso.
As duas leis de Mendel explicam, utilizando regras simples
de probabilidade, as variações existentes na transmissão de algumas
características. Além disso, elas serviram como base para a ampliação do
conhecimento genético e propuseram a ideia de herança particulada, a qual
demonstra que os pais passam adiante unidades herdáveis separadas (atualmente
chamadas de genes). Assim sendo, as leis de Mendel foram o ponto de partida
para a Genética moderna e a compreensão correta da hereditariedade.
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/hereditariedade.htm
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