terça-feira, 8 de março de 2011

Análise simples ao sangue pode detectar fetos com trissomia 21

Investigadores acreditam que dentro de dois anos teste estará disponível

Esta é a previsão de investigadores do Chipre que ensaiaram, com sucesso, em 40 mulheres este novo método. Segundo um estudo publicado na Nature Medicine, através do sangue da mãe, podem detectar-se as diferenças entre o seu DNA e o do feto.

Philippos Patsalis, líder deste estudo, afirmou que o exame previu com precisão quais os fetos que tinham risco de apresentar a síndrome. Os resultados foram "muito instigantes", sendo que os especialistas querem realizar estes testes num estudo mais abrangente, com mil mulheres grávidas.


Caso os resultados sejam semelhantes, o investigador acredita na aplicabilidade desta alternativa. "Acreditamos que podemos modificar este exame, tornando-o muito mais fácil e simples. Então teremos algo para ser introduzido na prática clínica", referiu Patsalis.

Nova técnica reduz risco de aborto espontâneo

A síndrome de Down ou trissomia 21 é um distúrbio genético que ocorre quando uma criança tem três cópias do cromossoma 21, em vez das duas normais. Afecta um em cada 700 bebés nascidos em todo o mundo e o risco aumenta consoante a idade com que as mulheres engravidam. Uma mulher que engravide com 40 anos tem 16 vezes mais probabilidades de gerar um bebé com este distúrbio do que quando é mãe aos 25 anos.
Acompanhe um pouco mais da Síndrome de Down.

A amniocentese é o teste realizado actualmente para verificar a probabilidade de um bebé nascer com síndrome de Down. O exame, normalmente realizado às 15 ou 16 semanas de gravidez, comporta graves riscos visto que existe a recolha de líquido amniótico da mãe através da inserção de uma agulha no útero.

De acordo com Patsalis, esta técnica invasiva pode induzir ao aborto espontâneo, pelo que são necessárias alternativas. O método que propôs agora "vai evitar este risco em gestações normais provocado pelos procedimentos actuais", referiu no artigo.

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Quando a última árvore for cortada, quando o último rio for poluído, quando o último peixe for pescado, aí sim eles verão que dinheiro não se come…” Pensamento Indigenista.