segunda-feira, 25 de outubro de 2010

PARNA Serra de Itabaiana


A criação do parque aconteceu em 15 de junho de 2005, assegurando a proteção de uma área de 7.966 hectares, composta por biomas de Mata Atlântica e Caatinga e outros recursos naturais. Compreendendo três unidades. As serras Cajueiro, Comprida e a de Itabaiana, a maior delas e tendo as seguintes coordenadas 10°40’S; 37°25’W.


O parque está totalmente em Sergipe, distante apenas 40 km de Aracajú, abrange os municípios de Areia Branca, Itabaiana, Laranjeiras, Itaporanga D`ajuda e Campo do Brito. A cobertura vegetal original do Estado de Sergipe foi altamente reduzida e segundo alguns estudos realizados no que se refere à Mata Atlântica, resta apenas 0,1 % da cobertura inicial. O parque vem atender esta demanda preservacionista, considerando que Sergipe é um dos Estados do Brasil com menor percentual de áreas protegidas e conta apenas com uma área de proteção integral, a Reserva Biológica de Santa Isabel.

A origem do nome tem várias versões e numa delas, na etimologia da língua TUPI, temos `ita` que significa pedra, `taba` aldeia e `oane` alguém, ou seja, `naquela pedra mora alguém`.
No topo da serra, a cerca de seiscentos metros de altitude, a vegetação é rica em bromélias e foi identificada uma interessante floresta de conífera. Uma pequena igreja com um cruzeiro é cenário de várias manifestações religiosas e a construção está cercada de antenas repetidoras de rádio. Nas bordas do imenso paredão rochoso, algumas florestas de galeria, com vegetação de mata atlântica. Nos campos de altitude, é possível ver, com um pouco de sorte, seriemas, veados e aves da família dos titonídeos como a coruja suindara. O Penhasco dos Falcões, a Pedra da Tartaruga também podem ser vistos nas trilhas do parque.
 
Na parte baixa, uma pequena cachoeira de águas límpidas e alguns poços d`água vão se formando no leito do ribeirão que desce a serra. O solo é raso e as rochas são de quartzito claro, que realça a beleza das águas que correm e saltam no seu leito rochoso.
Em tempos passados, a suspeita da existência de minas de prata na Serra de Itabaiana, o que, mesmo não tendo se confirmado, continuou motivando durante muito tempo à vinda de forasteiros em busca deste tesouro que só estava presente no imaginário. Atualmente, a maior riqueza do lugar são as belezas naturais que já há muitos anos vem atraindo turistas que vêm normalmente para se refrescar no Poço das Moças, o atrativo mais procurado do parque.O poço tem este nome depois que caçadores avistaram duas moças tomando banho e logo depois elas desapareceram, sem deixar vestígios.

Partindo do poço, com 10 minutos de caminhada está a Gruta da Serra, nela a tímida Cachoeira do Cipó, divide o espaço com raízes entrelaçadas, vale conhecer.Numa de suas encostas da serra, o Riacho Coqueiro serpenteia e depois desagua no rio Jacarecica, um dos principais recursos hídricos da região. A serra abriga ainda várias outras nascentes importantes como a do riacho Água Fria e Vermelho, reforçando a necessidade da preservação de todo o complexo de Itabaiana.
Vários trabalhos descritivos da fauna e da flora do PARNA Serra de Itabaiana, realizado pela UFS podem ser obtidas em http://www.biologiageralexperimental.bio.br/edicoes/livrobiota.

Ja realizei diversos expediçoes com alunos, das mais diversas idades  sem qualquer problemas ou descontentamento. As trilhas podem ser alternada de acordo com o perfil do grupo variando de uma caminhada leve ate percursos bem mais desgastantes. Por se tratar de trilha ecologica, o uso de calçado confortavel, de protetor sola, de comidas leves e de bastante agua deve ser uma preocupação dos aventureiros.

O PARNA é muito bonito principalmente na época das chuvas onde as cachoeiras estão bem cheias, mostrando todo seu esplendor. 
Por ser um local de lazer dos moradores do entorno, costuma estar sempre cheio nos finais de semana e feriando, sendo esse um ponto negativo pois esses "visitantes" pouco se preocupa com a preservação do local.

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Quando a última árvore for cortada, quando o último rio for poluído, quando o último peixe for pescado, aí sim eles verão que dinheiro não se come…” Pensamento Indigenista.