quarta-feira, 13 de abril de 2011

Pequenos atos.Grandes consequencias.

 

O choco, uma das espécies de cefalópodes afetada pela poluição sonora. Crédito; Laboratori d'Aplicacions Bioacústiques, Universitat Politènica de Catalunya (or LAB-UPC)










A poluição sonora provocada pelo transporte marítimo e perfuração de poços de petróleo causa danos severos ao sistema auditivo de cefalópodes, segundo comprovou um estudo publicado no periódico Frontiers in Ecology and the Environment, da Sociedade Ecológica da América. A equipe liderada pelo engenheiro em biotecnologia Michel André, doutor da Universidade Técnica da Catalunha, Barcelona, analisou os efeitos de sons de baixa intensidade e baixa frequência (de 50 a 400 Hertz) em 87 indivíduos de quatro espécies, entre elas duas lulas (Loligo vulgaris, Illex coindeti), um polvo (Octopus vulgaris) e um choco (Sepia officinalis).

Os resultados demonstram tanto a importância dos estatocistos (órgãos semelhantes a balões cheios de líquido, que ajudam estes invertebrados a manter o equilíbrio e a posição) na percepção de sons de baixa frequência quanto os efeitos negativos provocados pelo barulho nestes órgãos. Em todos os aninais, células ciliadas dos estatocistos sofreram danos. Além disso, a exposição provocou inchaço nas fibras nervosas.

“Se as exposições curtas, relativamente de baixa intensidade, utilizadas em nossos estudos podem causar tais traumas severos, então o impacto da poluição sonora, de alta intensidade e contínua, no oceano pode ser considerável”, diz André. “Por exemplo, nós podemos prever que, desde que os estatocistos são responsáveis pelo equilíbrio e orientação espacial, danos provocados pelo barulho nestas estruturas podem afetar também a habilidade de cefalópodes caçarem, fugirem de predadores e também se reproduzirem. Em outras palavras, isto pode não ser compatível com suas vidas”, completa.

Os efeitos do barulho em golfinhos e baleias já eram conhecidos, devido a importância vital das informações acústicas para estas espécies, mas não haviam estudos indicando impactos graves em invertebrados. Estes danos haviam sido sugeridos, após serem encontradas lesões em lulas encontradas mortas ao longo da costa das Astúrias, na Espanha, entre os anos de 2001 e 2003.



Célula apresenta dano acústico. Crédito; Laboratori d'Aplicacions
 Bioacústiques, Universitat Politènica de Catalunya (or LAB-UPC)
FONTE:http://www.oeco.com.br/salada-verde
Quantas criaturas vivas precisarão desaparecer para que se perceba que nossas açoes interfere no meio ambiente?
Viver sem interferir no meio ambiente é quase impossível, porem não existe nenhuma "lei" ou ao menos não deve existir "objetivo implícito" que nos obrigue a ter que destruir tudo que esta a nossa volta. Essas agressões deveriam ser por não sabermos ou por não termos outra alternativa. Só que nós sabemos e temos alternativas de minimizar nosso impacto!
A questão é: Queremos preservar todas as formas de vidas ou basta que exista apenas a nossa?

Pense! Ainda somos animais racionais.

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Quando a última árvore for cortada, quando o último rio for poluído, quando o último peixe for pescado, aí sim eles verão que dinheiro não se come…” Pensamento Indigenista.